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Refluxo Gastroesofágico

Medidas caseiras para resolver seu refluxo gastroesofágico!

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O refluxo gastroesofágico é uma doença bastante comum caracterizada por irritações provocadas pelo retorno do conteúdo gástrico para o esôfago, visto que ocorre por uma falha no mecanismo valvar situado entre os dois órgãos, permitindo a volta de secreção ácida para o esôfago podendo atingir até órgãos mais superiores como ouvidos, vias respiratórias, cavidade oral, etc. Além dos sintomas característicos, esta doença também pode causar complicações.

Quais são os sintomas do refluxo gastroesofágico?

Os sintomas mais comuns das síndromes esofágicas são azia e dores torácicas ou no momento da deglutição. Dessa maneira, também pode haver náusea, regurgitação ou produção excessiva de saliva. Quando as síndromes são extra esofágicas, os sintomas envolvem tosse crônica, laringite, pigarro, bronco espasmo e asma.

Existem fatores de risco?

Sim. Obesidade, tabagismo, consumo excessivo de álcool e café, dietas desequilibradas, sedentarismo, estresse e alimentação noturna são alguns deles. Dessa forma, obesos e fumantes possuem mais chances de apresentar refluxo do que pessoas magras ou que não fumam.

O consumo frequente de café ou de bebidas alcoólicas como vinho e cerveja aumenta o risco de refluxo. Manter uma dieta baseada em açúcares e carboidratos pobres pode influenciar no desenvolvimento do refluxo.Assim como o mesmo pode ser dito sobre alimentar-se em horários irregulares, especialmente à noite. As atividades físicas, por sua vez, reduzem as chances de refluxo, enquanto o estresse e a fadiga do dia a dia as aumentam.

Como é feito o diagnóstico?

A visita ao gastroenterologista deve ser mandatório. O médico pode solicitar exames de imagem para eliminar qualquer possibilidade de estreitamento esofágico, câncer ou outras complicações, dependendo dos sintomas apresentados. Entre eles estão a endoscopia digestiva alta e a radiografia contrastada de esôfago, estômago e duodeno. Exames mais complexos permitem a observação da motilidade gástrica e a análise dos danos causados ao esôfago.

Os exames que firmam o diagnóstico a fim de auxiliar na conduta terapêutica são a esofagomanometria e phmetria.

Quais são as complicações do refluxo gastroesofágico?

A persistência do refluxo pode levar a quadros de esôfago de Barrett, estenose esofágica, assim como úlcera e sangramento esofágico. O esôfago de Barrett ocorre quando as lesões no revestimento do esôfago o tornam semelhante ao revestimento do estômago. O esôfago de Barrett pode evoluir com câncer de esôfago, por isso seu tratamento deve ser iniciado com brevidade para reverter o processo.

A estenose se caracteriza pela perda do tônus do esfíncter esofágico inferior devido à persistência do refluxo gastroesofágico. Já as úlceras e o sangramento ocorrem devido ao desequilíbrio nas mucosas do esôfago e podem levar a uma anemia crônica.

Quais são os tratamentos disponíveis?

Os tratamentos visam reduzir a acidez do suco gástrico, o que também beneficia a recuperação dos tecidos danificados pelo refluxo. Os medicamentos sugeridos pelo médico têm poder efetivo no controle dos sintomas e na cura das esofagites. A duração do tratamento varia de acordo com cada caso, sendo indicada pelo especialista após análise dos resultados obtidos. Casos extremos podem requerer a realização de cirurgias, como as feitas por laparoscopia. Nestas situações, cria-se uma barreira física para evitar o refluxo.

Converse com seu médico se surgirem crises de azia durante o tratamento. Alguns antiácidos podem ser indicados para alívio do mal estar nestes casos.

O que posso fazer para prevenir o refluxo gastroesofágico?

A prevenção do refluxo gastroesofágico envolve medidas simples, que podem ser tomadas no dia a dia. É importante evitar frutas cítricas, comidas muito condimentadas ou gordurosas, frituras e bebidas gasosas ou com cafeína.

Mudanças no estilo de vida envolvem parar de fumar, reduzir o consumo de álcool, perder peso e evitar deitar-se após as refeições. Elevar a cabeceira da cama pode aliviar refluxos noturnos.

Referências:

http://jornaldepneumologia.com.br/detalhe_artigo.asp?id=1233
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302012000100009
http://www.spg.pt/wp-content/uploads/2015/11/NOC_drge.pdf
https://drauziovarella.uol.com.br/drauzio/artigos/refluxo-gastroesofagico/
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/doen%C3%A7as-do-es%C3%B4fago-e-da-degluti%C3%A7%C3%A3o/doen%C3%A7a-do-refluxo-gastroesof%C3%A1gico-drg