Endometriose Intestinal (Ressecção Segmentar) – Parte 4

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Ressecção segmentar

Seguindo nossa sequência de abordagem sobre a endometriose intestinal e seus tratamentos cirúrgicos, abordaremos agora a ressecção segmentar.

Definitivamente, esta é a menos realizada das 3 modalidades, porém nada infrequente.

Tal técnica é escolhida para doenças extensas, profundas e estenosantes (que promovem estreitamento da luz intestinal). Geralmente são nódulos profundos intestinais com mais de 5cm de extensão.

Dessa forma, realizamos uma retirada de um segmento completo da alça intestinal. Após esta retirada, precisamos “reconectar” as partes remanescentes intestinais, esta conexão chamamos de anastomose.

Hoje em dia fazemos uma anastomose, no geral, grampeada. O que significa que utilizamos instrumentos cirúrgicos descartáveis como os grampeadores lineares e circulares, para inicialmente cortar e posteriormente reconectar.

Com essa técnica é possível fazer uma retirada de um segmento intestinal sem nenhuma contaminação com conteúdos intestinais.

Utilizamos, quando disponível, uma técnica de fluorescência, com verde de indocianina, para escolher o melhor local com vascularização para realizarmos a anastomose, diminuindo indices de falha de cicatrização por isquemia.

Por fim fazemos manobras para testar a qualidade da anastomose.

Tal técnica é a mais segura em termos de recidiva de endometriose (menor chance de recidiva), porém com maior risco de fístulas de anastomose.

Busque sempre uma equipe especialista e experiente.

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Dr Marco Aurélio Lameirão

Dr Marco Aurélio Lameirão
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